Escolhe mais um livro, mais um vídeo te convida – outro curso. Dessa vez vai, dessa vez vai! Você se convence: bastava esse novo livro, esse novo curso, bastava passar nessa prova, conseguir esse trabalho… Agora sim, agora levo adiante minha vida de estudos.

Lota a prateleira com um desejo firme de estudar. Até começa a ler um ou outro! Para no meio, em pouquíssimo tempo esquece porque começou, perde a motivação, se convence de que está cansado ou que tem outras coisas mais importantes para fazer.

E o estudo?

Ah, só quando eu tiver aquele professor, quando conseguir aquele material, quando, quando… Cria desculpas. Às vezes, finge que estuda, posta alguma coisa, decora uns detalhes. Quando, com sinceridade, sabe: não aprendeu nada.

Depois, assustado, nota: anos na escola, tantos anos, e não sei estudar.

Perde tempo. Acha que senta nas frentes dos livros, acha que escuta umas lives, acha que aprende. E no meio dos achismos, acaba falando do que acha com aspecto de verdade absoluta.

Não, não aprendemos a estudar. Perdemos tempo com livros quaisquer, achamos que lemos, quando a cabeça está longe, sem atenção.

O estudo vai desde a escolha dos livros e dos cursos, do material organizado em um cronograma claro, até aprender a educar a vontade: buscar a verdadeira atenção e desenvolver a memória.

Precisamos aprender a estudar. É a base para tudo: para a vida profissional, para a vida intelectual.